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Clara (alteramos o nome para dar privacidade à vítima) trabalhava há muitos anos em uma empresa renomada, tendo sido contratada logo após seu curso universitário.
Ela sempre tinha sido uma pessoa dedicada, trabalhando muito para alcançar seus objetivos e se destacar na empresa. No entanto, tudo mudou quando um novo chefe foi contratado.
Desde o primeiro dia, Clara sentiu que algo estava errado. Seu chefe constantemente a criticava, falava com ela de forma rude, a tratava com desprezo e a ameaçava.
Clara tentou lidar com a situação, mas as coisas só pioraram. Seu chefe começou a gritar com ela diante de todos os colegas de trabalho, a proibir que ela fosse ao banheiro e a humilhá-la constantemente.
Clara ficou traumatizada com a situação. Ela sentiu que sua confiança foi totalmente destruída e que sua vida profissional estava sendo arruinada.
No entanto, ela sabia que precisava tomar uma atitude. Ela denunciou o assédio moral no setor de Recursos Humanos da empresa, mas não teve sucesso. Então, ela decidiu procurar ajuda no Ministério do Trabalho, onde pôde fazer a denúncia de forma anônima.
A partir daí, Clara começou a lutar pelos seus direitos.
Ela comprovou o assédio moral e conseguiu uma rescisão indireta, além de receber uma indenização pelo sofrimento que passou.
Clara aprendeu que não é necessário sofrer em silêncio e que sempre há soluções para situações difíceis no ambiente de trabalho.
Ela incentiva outras pessoas a denunciarem qualquer tipo de assédio moral, para que possam viver em um ambiente de trabalho saudável e equilibrado.
Assédio moral e CLT
O assédio moral no ambiente de trabalho é uma situação que tem sido cada vez mais frequente e pode causar graves danos psicológicos e emocionais aos funcionários.
Além disso, esse tipo de comportamento pode levar a baixa produtividade, absenteísmo e, em casos mais graves, à demissão ou mesmo ao pedido de demissão.
Os tipos de assédio moral incluem gritos, uso de palavrões, impedir que a pessoa vá ao banheiro, humilhação, constrangimento em público e outras formas de pressão psicológica.
Existem diversos tipos de assédio moral no trabalho, que incluem:
- Grites ou gritarias frequentes pelo chefe ou colegas de trabalho.
- Utilização frequente de palavrões ou outras ofensas verbais.
- Não permitir que o trabalhador vá ao banheiro ou fazer pausas para alimentação.
- Humilhação pública, tanto na frente de colegas como clientes.
- Constranger o trabalhador com atividades fora de sua área de competência ou prazos impossíveis de serem cumpridos.
- Isolamento social, excluindo o trabalhador das atividades em grupo ou reuniões.
- Pressão excessiva para atingir metas ou resultados.
- Discriminação ou preconceito baseado em raça, gênero, orientação sexual, idade ou outras características protegidas por lei.
Essas ações são realizadas por superiores hierárquicos ou colegas de trabalho e, em alguns casos, são intencionais.
Se você é vítima de assédio moral no trabalho, existem diversas formas de denunciar esse comportamento.
É possível fazer uma denúncia para o setor de Recursos Humanos, compliance ou mesmo de forma anônima no Ministério do Trabalho.
Em alguns casos, o funcionário pode ter direito a rescisão indireta, mas é preciso comprovar os abusos sofridos.
É importante lembrar que o assédio moral é uma infração prevista na legislação trabalhista e deve ser combatido.
Não hesite em denunciar qualquer forma de assédio moral no ambiente de trabalho.
Além de proteger a sua saúde mental e emocional, você também estará contribuindo para um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos.
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Mestre em Direito; Professor; Advogado; Especialista em relações trabalhistas desde 2013. É fundador e CEO do Portal Direito do Empregado que conta com milhões de seguidores nas redes sociais.
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