Bye-Bye, Ponto Eletrônico!

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Por Marcelo Gomes, CEO da NEXTI.

Você não precisa de um sistema de ponto.

Depois de mais de 300 projetos de gestão operacional implantados nos últimos 3 anos — todos em empresas de médio e grande porte, com mais de mil colaboradores —, eu comecei a perceber um padrão.

Quase toda conversa começa da mesma forma:

“Estou procurando um sistema de ponto eletrônico.”

Mas, com o tempo, ficou claro para mim que essa não era a necessidade real. Era só o que os gestores sabiam nomear.

É compreensível. O mercado empurrou essa resposta por décadas. E quando todo mundo diz que o caminho é comprar um sistema de ponto, é natural pensar que é isso que falta. Mas não é.

O maior erro que vejo nas áreas de RH e Departamento Pessoal é acreditar que o problema da operação está no “relógio”. Como se controlar o horário de entrada e saída fosse suficiente para garantir eficiência, previsibilidade ou segurança jurídica.

Não é!

Pelo menos uma vez por semana recebo mensagens de amigos e conhecidos solicitando orçamento para “sistema de ponto eletrônico”

O que você acha que precisa, muitas vezes é só o que você conhece

Controlar ponto é necessário. Mas nunca é suficiente.

É como querer comprar uma furadeira. Ninguém quer a ferramenta — quer o furo na parede.

O mesmo vale aqui: As empresas não querem um sistema de ponto. Elas querem reduzir o absenteísmo, corrigir distorções de banco de horas, prevenir processos trabalhistas (compliance trabalhista), organizar escalas com eficiência e, acima de tudo, gerar previsibilidade na operação.

Mas como explica o livro Competing Against Luck, de Clayton Christensen, clientes não compram produtos — eles contratam soluções para realizar um trabalho específico. E esse “job” raramente é bem expresso na primeira pergunta que fazem.

O sistema de PONTO é só a PONTA do iceberg

Por trás dessa busca, existem camadas muito mais profundas:

  • Jornadas desalinhadas com a demanda da operação
  • Equipes sem engajamento, rodando em baixa produtividade
  • Escalas mal planejadas, que geram desgaste no time e passivos para a empresa
  • Falta de dados confiáveis e centralizados para tomada de decisão

É como tentar resolver um problema de planejamento financeiro com uma calculadora. A ferramenta até ajuda. Mas está longe de resolver o problema real.

O Sistema de PONTO representa a PONTA do iceberg, que esconde todos os reais desafios e objetivos que os gestores enfrentam no seu dia a dia

É hora de parar de comprar a solução errada para o problema certo

Se você está enfrentando dificuldade com previsibilidade de escala, alto absenteísmo, passivos trabalhistas ou baixa eficiência operacional, talvez o seu problema não seja o ponto.

Talvez o problema seja olhar só para o ponto.

A real necessidade da sua operação vai muito além de registrar entrada e saída. O que ela realmente precisa é de uma solução que te permita:

  • Enxergar antes de apagar incêndios, identificando faltantes em tempo real, movimentações críticas e gaps na escala antes que eles causem impacto
  • Atuar com inteligência, planejando coberturas, remanejando colaboradores e ajustando turnos com base em dados — não por instinto
  • Garantir segurança jurídica, mesmo lidando com centenas de sindicatos e convenções coletivas distintas, com regras que mudam a cada contrato; o tal compliance trabalhista
  • Gerenciar toda a jornada com precisão, controlando banco de horas, horas-extras, antendo saldos ajustados, evitando distorções que viram processos
  • Administrar variáveis críticas, como férias, atestados, alterações de escala, compensações e justificativas — tudo em um só lugar, com fluidez e rastreabilidade
  • Empoderar os gestores operacionais, dando autonomia com responsabilidade e ferramentas que os ajudem a liderar com previsibilidade
  • Engajar o colaborador, com clareza de jornada, acesso a informações, e uma experiência de trabalho mais transparente e justa

Esse é o iceberg!

E é por isso que um simples sistema de ponto — por mais moderno que seja — não resolve.

Só um ecossistema completo, pensado para lidar com a complexidade da operação real, pode entregar os resultados que as empresas buscam: segurança jurídica, eficiência operacional, engajamento e previsibilidade.

Tecnologia, sim. Mas com propósito.

A tecnologia certa muda o jogo. Mas só quando usada da forma certa.

Ela não está aqui para controlar entrada e saída. Está aqui para garantir eficiência, segurança e inteligência operacional.

Esse é o verdadeiro “job to be done”. E é nisso que acredito.

A pergunta que vale ser feita não é “qual sistema de ponto contratar?” A pergunta certa é:

Quem irá liderar a transformação digital na sua empresa?

Porque não se trata de comprar tecnologia. Trata-se de mudar a forma como sua empresa pensa, enxerga e atua sobre a própria jornada de trabalho, tendo coragem para olhar o iceberg inteiro — não só para a ponta.

Bye-bye, Ponto Eletrônico! Hello-Hello, Nexti!

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