A popularidade das figurinhas no WhatsApp tem crescido consideravelmente nos últimos anos. As figurinhas, também conhecidas como stickers, se tornaram uma forma popular e divertida de se comunicar na plataforma, possibilitando expressar emoções, piadas e referências culturais de uma forma única e instantânea. No entanto, com essa popularidade vem uma questão importante: o uso indevido dessas figurinhas pode resultar em uma demissão por justa causa?
É inegável que a criação e o compartilhamento de figurinhas no WhatsApp são tarefas extremamente simples. Basta alguns cliques para transformar uma foto ou imagem em uma figurinha e, a partir daí, enviar para um ou vários contatos. O problema surge quando essas figurinhas são criadas ou compartilhadas em um tom jocoso que pode constranger ou humilhar um colega de trabalho ou até mesmo um superior.
É crucial entender que o ambiente de trabalho é regido por um conjunto de regras de conduta profissional, que devem ser respeitadas tanto fisicamente quanto no mundo digital. As figurinhas, quando usadas de maneira imprópria, podem ser consideradas uma forma de assédio moral, com graves consequências para quem as cria e compartilha.
As consequências variam desde uma simples advertência até a demissão por justa causa, dependendo da gravidade e do conteúdo da figurinha. A justa causa é a demissão do empregado por um motivo grave, que torna insustentável a continuação da relação empregatícia. Em alguns casos, as figurinhas podem criar um ambiente de trabalho hostil, que pode justificar uma demissão por justa causa.
Portanto, embora as figurinhas no WhatsApp sejam uma maneira divertida e dinâmica de se comunicar, é preciso usá-las com responsabilidade, especialmente no contexto de trabalho. É fundamental lembrar que o respeito e a dignidade dos colegas de trabalho devem ser mantidos em todas as formas de comunicação, incluindo a digital.
Assim, a dica é clara: não crie nem compartilhe figurinhas do WhatsApp que possam colocar colegas de trabalho em situações constrangedoras ou humilhantes. A brincadeira pode acabar custando caro, resultando até mesmo em demissão. Lembre-se, seu comportamento no WhatsApp pode e deve ser tão profissional quanto no ambiente de trabalho.
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Mestre em Direito; Professor; Advogado; Especialista em relações trabalhistas desde 2013. É fundador e CEO do Portal Direito do Empregado que conta com milhões de seguidores nas redes sociais.
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